A VISÃO DO CRISTO GLORIFICADO
- Primeira Igreja Batista de Balneário Camboriú
- 15 de set. de 2020
- 4 min de leitura
Atualizado: 29 de set. de 2020
Apocalipse 1.9-19
As visões do livro do Apocalipse, transmitidas por João à igreja primitiva através de linguagem cifrada, comum para os judeus daqueles tempos, para nós, ocidentais, podem ser assustadoras. Por isso é importante que as conheçamos com fidelidade, para que a Revelação que o discípulo amado recebeu de Jesus, cumpra um dos seus mais importantes propósitos: atravessar os séculos e chegar até os dias de hoje tal qual João a recebeu!
A bíblia diz que o apóstolo se viu em um estado de êxtase ou sob o poder do Espírito, no dia do Senhor, que era o sábado, quando ouviu uma voz como de trombeta, uma forma de descrever o indescritível e falar de um som sobrenatural e majestoso.
Essa voz lhe ordena que escreva tudo o que vê e envie às sete igrejas da Ásia, representadas pelos sete candeeiros de ouro, com um semelhante ao filho do homem, (alguém em forma humana Dn 3.23-27) , que ele reconheceu como a majestosa presença de Jesus glorificado, no meio do Seu povo, encorajando, exortando, corrigindo e consolando a igreja
Os candeeiros eram usados para iluminação em geral, mas estes, de ouro puríssimo, simbolizam a igreja, o corpo de Cristo e a nossa responsabilidade de iluminar um mundo mergulhado em trevas. ( Mt 5.14-16)
Jesus, em todo o Seu esplendor, usava vestes longas como as de sacerdote, (Mt 17.2) com um cinto de ouro na altura do peito, como os reis, porque Ele é o Rei dos reis e Senhor dos Senhores, o Rei supremo que governa a igreja, o Sumo Sacerdote e Mediador, intercedendo incessantemente, em nosso favor! (Rom 8.4) E trazia na Sua mão direita sete estrelas brilhantes, que simbolizam os Seus pastores na mão de comando.
A visão a seguir fala que a Sua cabeça e cabelos brancos são como alva lã, como neve, e simbolizam a sabedoria, a eternidade, e a santidade de Jesus. Os olhos como chamas de fogo é uma descrição da Sua onisciência, do Seu pleno conhecimento do juízo, olhos que penetram e revelam o que está em oculto, encoberto, nos lugares mais sombrios e profundos do homem (Mt 10.26). Os pés, semelhantes ao bronze polido, como que refinado numa fornalha, representam a ideia do bronze se derretendo no fogo e fala da onipotência de Jesus, sobretudo da sua força esmagadora, quando irá subjugar todos os Seus inimigos debaixo dos Seus pés. Quando se refere à voz, diz que é como o som de muitas águas, o que quer dizer que a voz de Deus, é uma voz forte, poderosa, irresistível, uma voz de juízo e quando ela “trombetear”, as vozes humanas silenciarão. Não há voz de contestação no juízo de Deus, não haverá réplica ou tréplica, porque a voz de todos emudecerá, face à majestade de Deus. A única voz que se ouvirá será a do Supremo Juiz, potente, majestosa, cheia de autoridade e soberania. (Ez 43.2)
João descreve uma afiada espada de dois gumes que sai da boca de Jesus e essa espada não é o evangelho atual, mas a espada que virá em Seu poder, trazendo juízo sobre os homens e a sua sentença final(Efésios 6.17).
A espada de dois gumes tanto serve para a defesa como para o ataque!
Mas, a próxima a visão, não é mais a do Filho do Homem perseguido pelos fariseus, por não ser o Messias que os judeus idealizaram, nem a do servo lavando os pés dos apóstolos e nem mesmo a do redentor da humanidade, preso pelos soldados romanos no Getsêmani, onde suou sangue! Agora a sua visão é outra, é a visão do Cristo glorificado, cuja face brilha como o sol no seu esplendor “Toda a autoridade me foi dada nos céus e na terra”. (Mt 28.18)
Ele tem a chave que abrirá os túmulos quando a trombeta soar, com a Sua poderosa voz, os mortos a ouvirão e uns sairão para a ressurreição da vida e outros para a ressurreição do juízo.
Qual foi a reação de João diante do Cristo glorificado? “Quando o vi, caí aos seus pés como morto” (Ap 1.17). Essa foi a visão que Moisés teve na sarça e prostrou-se, com o rosto em terra; o profeta Daniel diz: “Assim, fui deixado a sós, admirando aquela grande visão, eu me senti enfraquecido, trêmulo e muito pálido, e quase desfaleci por completo” (Dn 10.8); em Is.6.5 o profeta Isaías vê a glória de Deus e se desespera: “Ai de mim que sou homem de lábios impuros; e o apóstolo Paulo, no caminho de Damasco, não suportando o intenso brilho da glória de Deus, caiu por terra completamente cego, e precisou de ajuda para abrigar-se na casa de alguém.
É impossível ver a glória de Deus sem prostrar-se aos Seus pés!
A igreja também se prostra quando tem uma visão da glória do Seu Senhor! É lamentável que tantas pessoas banalizem a glória de Deus, simulando uma queda pelo poder do Espirito. Não nos esqueçamos que o Senhor tem olhos como chamas de fogo e tudo vê.
O Cristo que sustenta a igreja é o mesmo que vai tocar e dizer aos que desfalecem diante da Sua glória: “Não temas, eu sou o primeiro e o último e aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno”. (Ap 1.18)
Não adianta cair por conta própria, pois quem vê a glória de Deus faz diferença no mundo!
O Cristo da glória é aquele que levanta o caído, que restaura o fraco, e o Todo Poderoso que firma “as mãos e os joelhos desconjuntados” daqueles que se prostram aos seus pés (Hb 12.12)! A Igreja precisa, desesperadamente de uma visão do seu noivo, o Senhor da Igreja, o nosso amado Salvador! Peçamos ao Senhor mais arrependimento e santificação para as nossas vidas e uma visão mais clara da Sua majestade e poder, para que quando nos prostrarmos aos Seus pés, O adoremos verdadeiramente em espírito e em verdade!
DEUS ABENÇOE O BRASIL!
Rosa Helena R. de Camargo Revisão: Ana Paula Van Moorsel
Referência: Reverendo Hernandes Dias Lopes