João, o adolescente que seguiu Jesus enquanto Ele viveu e que reclinava a cabeça no Seu ombro às refeições, referia-se a si próprio como “o discípulo amado”, não porque Jesus o tenha dito, mas porque era assim que ele se via! A sua convicção era tamanha, que todos passaram a concordar com ele.
Talvez Jesus não o tenha amado mais do que aos outros, mas com toda a certeza João amou Jesus mais do que ninguém! Foi a ele que Jesus confiou a sua mãe, aos pés da cruz, nos Seus últimos momentos de vida: “Ora Jesus, vendo ali sua mãe, e que o discípulo a quem ele amava estava presente, disse: “Mulher, eis aí o teu filho. Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E desde aquela hora o discípulo a recebeu em sua casa”. Jo 19.26-27.
Apesar de muito jovem, dos doze apóstolos João foi o único que esteve presente até o final da crucificação e ouviu as últimas palavras de Jesus: “Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito”. Jo19.30
Muitas décadas depois, quando o discípulo já era um senhor de avançada idade – e a última testemunha viva de Jesus – Ele o escolheu para revelar-se como o Filho de Deus, o Rei dos reis e Senhor dos senhores, ordenando-lhe que escrevesse tudo o que viu e que o transmitisse à Igreja, com a seguinte promessa:
“Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo”. Ap 1:3
Este acontecimento surpreendente, foi narrado por João à Igreja através de pergaminhos e transformado no livro mais importante da Bíblia, vindo a chamar-se Apocalipse que em português, significa Revelação.
Foi escrito aproximadamente no ano 100 d.C e é considerado o mais importante da Bíblia, por conter a revelação do Cristo glorificado, o Todo poderoso, o Cordeiro de Deus que derramou o Seu sangue para a salvação de todos os homens, inclusive você e eu.
Os capítulos de 1 a 3, falam sobre a dedicatória de Jesus às sete igrejas da Ásia, que podem definir as Suas palavras como um documento contemporâneo, por trazer uma mensagem para as igrejas da época; geral, por adequar-se a todos os períodos da Igreja - inclusive o nosso - e cronológico, porque as características das sete igrejas representam sete períodos da história da Igreja, desde o Pentecostes.
ÉFESO – foi fundada pelos apóstolos, estendendo-se do ano 30 a 100 d.C.
ESMIRNA - foi a igreja martirizada, fundada no ano 100 d.C, época em que os cristãos foram levados ao Coliseu para serem devorados pelos leões e queimados vivos como tochas humanas para iluminar os jardins dos palácios. O significado do seu nome é “mirra”, uma especiaria preciosa, mas amarga. Durou até o ano 313 d.C quando o imperador Constantino se “converteu” ao cristianismo e a transformou na religião oficial do império.
PÉRGAMO (313 a 590 d.C), cujo nome significa “casamento”, representa a igreja que fez aliança com o paganismo para escapar da perseguição.
TIATIRA – (590 a 1517 d.C) significa “sacrifício contínuo” . Refere-se à liturgia e ao paganismo da Igreja Católica.
SARDES - (1517 a 1700 d.C) O seu nome significa “remanescente”. É a igreja que se levantou contra os desmandos políticos, as indulgências e a diabólica Inquisição, responsável pela perseguição, tortura e morte de quem não professasse a fé católica. Neste período nasceu também a Reforma Protestante.
FILADÉLFIA (1700 A 1900 d.C) foi o período dos avivamentos, dos grandes homens de Deus, dos reformistas, dos avivalistas, como John Wesley.
LAODICÉIA – significa justiça do povo e seus direitos individuais. É a igreja dos nossos dias e é focada no homem e suas necessidades. Cristo não é o centro. Foi a que recebeu a mensagem mais dura de Jesus que prometeu vomitá-la pela boca por ser morna, nem quente nem fria.
Com a Sua mensagem às sete igrejas da Ásia, Jesus fala pela última vez à Igreja, não havendo, após isso, uma só referência a ela até o final do livro.
DEUS ABENÇOE O BRASIL!
Rosa Helena R. de Camargo