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O MAGNIFICAT
Por que Maria foi tomada pelo Espírito Santo ao ouvir a saudação de Isabel e louvou o Senhor como Magnificat, o mais maravilhoso e importante dos cânticos da bíblia?
Isabel e Maria eram parentes muito próximas, e no caso, a honraria poderia ter sido bem ao contrário, pois Isabel era a esposa de um sacerdote de avançada idade, fato altamente respeitado entre os judeus. Mas, naquele momento, a pessoa que adentrou à sua casa, não era mais apenas uma adolescente como as demais da sua idade, mas a mulher que carregava no ventre o Salvador de todos os homens, o Messias de Israel:
“E aconteceu que, ao ouvir Isabel a saudação de Maria, a criancinha saltou no seu ventre; e Isabel foi cheia do Espírito Santo. E exclamou com grande voz, e disse: Bendita és tu entre as mulheres, e bendito o fruto do teu ventre. E de onde me provém isto a mim, que venha visitar‐me a mãe do meu Senhor? Pois eis que, ao chegar aos meus ouvidos a voz da tua saudação, a criancinha saltou de alegria no meu ventre. Bem‐aventurada a que creu, pois hão de cumprir‐se as coisas que da parte do Senhor lhe foram ditas”. Lucas 1:41-45
Maria sabia que Isabel estava se referindo ao Filho do milagre que trazia dentro de si, Aquele que sentar-se-ia no trono de Davi, seu pai, sobre quem o anjo lhe dissera que seria “Grande”, chamado “Filho do Altíssimo” e que o Seu reino jamais teria fim.
Então, exultando pela honra de ter sido a escolhida do Senhor para trazer aquele Rei ao mundo através do seu ventre, Maria respondeu à Isabel as razões para engrandecer e expressar a sua gratidão a Deus, cantando:“A minha alma engrandece ao Senhor,
E o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador; porque atentou na humildade de sua serva; Pois eis que desde agora todas as gerações me chamarão bem‐ aventurada, porque me fez grandes coisas o Poderoso; e santo é seu nome”. Lucas 1.46‐49
Nos próximos versos o cântico de Maria atinge proporções inimagináveis, transformando-se na “maior revolução política, social, econômica e espiritual” da história, e o pesadelo de tiranos de todos os tempos, no mundo inteiro. As suas palavras são o reflexo da dor das camadas mais desamparadas da sociedade, oprimidas à exaustão por Herodes, o Grande, rei de Israel.
O pavor do monarca ao Magnificat era tamanho que ele mandouexterminartodasascrianças dosexomasculino, menores de dois anos de idade. “E a sua misericórdia é de geração em geração sobre os que o temem. Com o seu braço agiu valorosamente; Dissipou os soberbos no pensamento de seus corações. Depôs dos tronos os poderosos, E elevou os humildes. Encheu de bens os famintos, E despediu de mãos vazias, os ricos. Auxiliou a Israel seu servo, recordando‐se da sua misericórdia; como falou a nossos pais, para com Abraão e a sua posteridade, para sempre”. Lucas 1:50-55
Se Maria tivesse cantado tais versos entre os mais desassistidos de Nazaré, certamente eles a teriam carregado nos braços e gritado “Aleluia' e “Amém”, dando início a uma grande revolução social. (S. Mcnigth)
Deus salve o Brasil!
(Continua na próxima semana)
Rosa Helena R. de Camargo & Sol Carvalho
Fontes de referências: A VERDADEIRA MARIA – Scot McKnigth – Editora RBC – Curitiba, Pr – Bíblia de Estudo Charles Haddon Spurgeon – Reverendo Hernandes Dias Lopez (2018).