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TIRA AS SANDÁLIAS

Apenas Moisés e Josué ouviram do Senhor esta ordem: “Não te aproxima daqui. Tira as sandálias dos teus pés porque o lugar em que pisas é terra santa”. (Êxodo 3.5 e Josué 5.15) A bíblia diz que ambos ficaram estarrecidos.


Moisés era um príncipe do Egito, educado nas melhores universidades, possuidor de uma cultura milenar (acessível somente ao herdeiro do trono), algo inimaginável até para os dias de hoje; edificador das mais importantes cidades do mundo, fluente em vários idiomas, uma verdadeira sumidade. Dá para imaginar o poder desse homem? Se tivesse nascido para ser rei, certamente o teria sido. Mas, não foi!


Na realidade, Moisés era um bebê hebreu que sobreviveu milagrosamente a um massacre decretado pelo faraó, amedrontado com o crescimento populacional dos judeus dentro do seu país. Adotado pela filha estéril do rei, cresceu no palácio cercado de luxo e riquezas, até descobrir sua origem e ser condenado à morte, por matar um soldado egípcio em defesa do seu povo.


Naquele momento, morria o herdeiro da maior nação do mundo e nascia o grande libertador de Israel, o homem que Deus usou para salvar os judeus, escravizados no Egito em condições sub humanas, por quatrocentos anos.


Imediatamente foi considerado um fugitivo perigoso e caçado pela guarda do rei como um animal. Mas, havia um Deus em Israel (1Samuel 17:46) e mais uma vez, milagrosamente, após atravessar sozinho todo o deserto,conseguiu chegar até a pequena cidade de Midiã, onde um desconhecido chamado Jetro e sua filha Zípora o acolheram e cuidaram. O homem que parecia ter nascido para ser rei, foi obrigado a deixar para trás tudo o que tinha e o que era, para prover o seu sustento com o auxílio de uma família que lutava por um tipo de sobrevivência que ele nem conhecia.


Jetro era um criador de ovelhas e ensinou a Moisés a sua nova profissão: pastor de ovelhas. E como também lhe concedeu a filha como esposa, o ex-príncipe passou a pastorear o rebanho do sogro, nem seu não era. Alguém já ouviu falar de uma queda maior do que esta?


Aparentemente, não! Mas uma coisa é certa: dos príncipes que o Egito já teve, ninguém se lembra nem dos nomes, mas de Moisés, o grande libertador de Israel, o homem mais usado por Deus em toda a história da humanidade, no Antigo Testamento, todos se lembrarão para sempre.


A sua queda não foi em nada mais difícil do que a que pode acontecer com qualquer pessoa comum. Aparentemente, a humilhação, a dor, a rejeição, os amigos que desaparecem, o sentimento de fracasso, parecem ser as únicas companhias que sobram.

Mas, Deus estava no comando de todos os minutos da vida de Moisés, desde que nasceu, assim como está na sua e na minha. E, como o ferro, ele teria que ser forjado, no fogo e na bigorna para eliminar por completo a segurança da realização financeira do homem e depender unicamente do Senhor. O mesmo acontece conosco. O Senhor permite o deserto por um propósito maior, mas sempre proverá um Jetro e uma Zípora (no sentido figurado) para nos socorrer com novos valores, oportunidades e um novo jeito de ser feliz.


Moisés viveu na dispensação da Lei e levou quarenta anos para ver a sarça ardente e ouvir a voz de Deus. Nós vivemos em plena dispensação da graça, conquistada pelo sangue de Jesus e temos o fogo do Espírito Santo para nos guiar o tempo todo. A terra em que pisamos é santa porque Jesus a santificou para nós. Ele retirou as sandálias diante do Pai e nos libertou do jugo para que possamos seguir os Seus passos, trilhar o caminho da santificação, suportarmos as provações e derrotarmos os pecado e os pecados que não consideramos pecados como a ansiedade, ciúme, mentira, inveja, frustração, orgulho, ingratidão, egoísmo, ira, impaciência e toda sorte de pecados intocáveis (Jerry Bridges) que nos impedem de desfrutarmos a totalidade das bençãos de Deus!


Há um alerta do Senhor para nós nos dias de hoje nestas palavra: “Não te aproxima daqui. Tira as sandálias dos teus pés, porque o lugar em que pisas é terra santa”. (Êxodo 3.5. e Josué 5.15)

(continua no próximo post)

Rosa Helena R. de Camargo

Revisão Digital: Sol Carvalho

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